sábado, 23 de agosto de 2014

A internet, o espanhol e o professor

Entende-se que a internet exerce uma influência fundamental sobre a nossa visão de mundo e sobre nossas formações discursivas e ideológicas. A presença da internet mostra, de maneira geral, a tendência mundial da inserção dos indivíduos sociais à rede (web) e a utilização desta como uma ferramenta de relacionamento social, busca de informações e participação ativa na sociedade.
Desta forma, sendo a internet um meio atrativo extraordinário, deve ser explorada pelos professores como forma de dinamização e motivação para a busca não apenas de informações, mas também para construção efetiva do conhecimento.
No ensino de língua estrangeira não será diferente, pois o acesso constante dos alunos a redes sociais como facebook, whatsapp, etc., pode ser utilizado como ferramenta de ensino. Criar grupos de conversação, compartilhar informações e interagir com outros estudantes de língua estrangeira ou até mesmo o contato virtual com um nativo são meios de aprendizagem. Neste sentido, além de possibilitar a formação crítica do aluno, o contato virtual amplia o conhecimento de mundo e, principalmente, o contato com o idioma.
Vale destacar, ainda, a importância do papel do professor em estimular o uso destas ferramentas como meio de aprendizagem. Essa é uma maneira de sair do ensino frasal, descontextualizando a ideia de que o aluno somente aprende quando está na sala de aula.
Imagem: Google.com

sábado, 16 de agosto de 2014

Os melhores professores foram os chatos

Quando estudante, tive ótimos professores: uns mais alegres, outros mais fechados, uns simpáticos, uns mais vaidosos, uns mais modestos, uns mais pacientes, outros menos, uns de pouco contato e, por fim, aqueles professores inesquecíveis que você deve lembrar até hoje, pois é, os professores chatos.
 Estes exigiam o melhor de você, cobravam os trabalhos no tempo certo, não aceitavam desculpas e não admitiam conversas paralelas em suas aulas. Não gostávamos deles, é verdade, e desejávamos que eles sempre faltassem ou ficassem doentes. Quando isso acontecia era uma festa, pois tínhamos uma ou duas aulas livres.
Nunca pensei que seria professora. Tentei fazer outras coisas, mas ao final sempre acabava ensinando algo para alguém e vejo que hoje, ocupando essa função, entendo que aquele professor chato queria o melhor, queria formar pessoas e profissionais brilhantes para a vida e para o mundo. Meus melhores professores foram os chatos e reconheço isso, pois seus esforços eram em querer o melhor, e para isso cobravam resultados, disciplina, responsabilidade, e esse é o papel do professor chato.

Imagem: Google.com.br

domingo, 3 de agosto de 2014

“Para que estudar espanhol se não vou à Espanha?”

Bem, acho que estamos diante de uma situação comum para muitos professores de língua estrangeira. “Para que estudar espanhol se não vou à Espanha”, lamentável pensamento de alunos do ensino médio. Quando estudante, não tive a oportunidade de conhecer outro idioma, seja inglês ou mesmo espanhol. Esta oportunidade me surgiu após haver terminado meu período escolar. Hoje, como professora de língua espanhola, lamento que este dizer se torne tão comum para estudantes que estão em fase final do período escolar e prestes a ingressar no ensino superior. Não precisamos estudar um idioma apenas porque vamos à Espanha ou estudar inglês porque vamos à Inglaterra. Estudar uma língua estrangeira é mais que falar o idioma, pois nos é apresentada outra cultura, outro modo de viver, uma história, um povo, outro mundo. Muito do que ouvimos, vemos e falamos não sabemos a origem. Somos condicionados a aceitar sem questionar e usar sem saber seu significado. No nosso dia a dia vamos ao SHOPPING, comemos SANDUICHE, atualizamos o FACEBOOK, conversamos no WHATSAPP, damos PLAY, bebemos TEQUILA, dançamos um TANGO e ouvimos SHAKIRA. Se usamos sem saber, muito pouco saberemos sobre o mundo.