quarta-feira, 19 de março de 2014

Velhos métodos que funcionam


Quando eu era aluna do ensino fundamental, tinha uma professora de Geografia que fazia maravilhas em sala de aula. Eram aulas divertidas, enriquecedoras e principalmente diferentes. Ela não era uma professora igual às demais, ela sabia exatamente o que nos chamava a atenção, ela gostava do que fazia. Suas aulas não eram ministradas com o auxilio das tecnologias, ela utilizava apenas o quadro negro, giz de cores diferentes, muitos desenhos e também muito diálogo. Era uma aula de Geografia, mas não parecia, não era uma aula chata, sem graça e sem interesse.
Estas aulas nos interessavam muito, tanto para mim como para meus colegas de sala. Esta lembrança me faz pensar que não importa a disciplina que exercemos, pois o que a torna diferente, interessante, maravilhosa, é o modo como planejamos nossas aulas, o modo como encaramos esta disciplina. Tornar uma aula de espanhol interessante pode ser um grande desafio, mas não é impossível. Podemos mudar a maneira como ministramos os assuntos aparentemente chatos. Como fazer, então?
Estudar os “falsos-amigos” em outro idioma, por exemplo, provoca em nossos alunos uma confusão enorme. Sabemos que, em português, significa uma coisa, porém em espanhol significa outra completamente diferente, apesar da escrita ser parecida ou até igual. Preencher o quadro com infinidades de palavras não é algo novo e tampouco interessante. Em algum momento já fizemos isso: escrevemos, escrevemos e pedimos para que nossos alunos copiem. Pronto, a aula foi dada.
Transformar esta aula de copiar em outra pode ser algo muito divertido, vamos recordar que já fomos estudantes e não gostávamos tanto desse método. Saíamos com as mãos doloridas e cansadas. Aprendemos? Talvez. Quando crianças, gostamos muito de colorir, desenhar, formar quebra cabeça, jogos da memória, etc. São atividades lúdicas que podem ser utilizadas como método de ensino e esta envolverá trabalho em equipe, troca de ideias e diversão. Aprendemos e nos divertimos também.
Como professores, podemos promover meios que estimule nossos alunos a se expressarem, ou seja, darem sua opinião sobre vários temas como: amizade, família, filmes, sonhos, violência, saúde etc. Podemos também estudar as horas, corpo humano, profissões, etc., em um labirinto. Falsos-amigos podem ser trabalhados no jogo da memória. São muitas as possibilidades, saber usá-las é o diferencial. Se sua disciplina é matemática, história, português busque um meio de interagir os conteúdos com seus alunos de uma forma diferente. No final perceberá que todos nós ainda gostamos dos velhos métodos de ensino.

Proposta: promover diálogos através de temas diversos
                                                       Proposta:estudar as horas, corpo humano e profissões.                                                          (Atividade elaborada com auxílio da professora Rozany Adriany)
Proposta: promover diálogos através das imagens
Proposta: estudar os falsos-amigos


quarta-feira, 5 de março de 2014

Parcerias que dão certo

Descobrimos que transmitir conhecimento nos torna pessoas melhores, isso mesmo, melhores. Quando temos um dom e não o transmitimos, ele deixa de ser algo especial. Assim ocorre com o conhecimento: não adianta possuir se você não consegue compartilhar. Para executá-lo, as parcerias com pessoas que buscam os mesmos objetivos são essenciais. Quando isso ocorre, não aprendemos apenas para nós, mas sim para transmitir aos demais, neste caso, nossos alunos.
Através do Projeto Casas de Cultura no Campus (PCCC), tive a oportunidade de realizar juntamente com outros colegas um sonho. Era a realização de algo que pudesse ser compartilhado com nossos alunos. Em uma conversa, surge o “ I Sarao”, um evento que tinha entre outros objetivos transmitir o conhecimento dos estudantes e que pudesse acolher toda a comunidade acadêmica em um lugar único, ou seja, o “mundo” dos falantes de espanhol.
Foram dois dias de muita interação, pois descobrimos “poetas”, “bailarinos”, “atores”, “cantores”, etc. Foi um momento em que todos se divertiram – não apenas os professores, mas principalmente nossos alunos. Neste evento, conhecemos personagens, países, culturas de vários lugares e principalmente os talentos ocultos em cada estudante.
Vimos que a caracterização de “Chaves”, “Chiquinha”, ”Chapolin Colorado”, “Zorro”, “Dançarina de tango e flamenco” eram apenas umas de tantas outras caracterizações que surgiram nesse momento cultural.
No fim, descobrimos que a parceria, quando é realizada com um objetivo comum, dá certo.

Alunos que participaram de atividades práticas sobre cultura espanhola